O Ministério Público do Estado de Alagoas solicitou, nesta terça-feira (30), a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva de Filipe Cristiano da Silva, que confessou ter assassinado o gari Renilson Freire de Souza, nesta segunda-feira (29), dentro de ônibus, em Maceió. Segundo assessoria, o pedido do MP quanto a conversão da prisão em flagrante em preventiva foi acatado pelo Judiciário.
O acusado ficará preso por tempo indeterminado e, agora, os autos seguirão para uma promotoria de Justiça do Tribunal do Júri.
O pedido foi feito pelo promotor de Justiça Thiago Chacon, que está no plantão neste feriado. “Não há que se falar em ilegalidade do flagrante, como a defesa está pleiteando, pois o suspeito foi capturado logo após o fato e a polícia estava em permanente perseguição para sua captura. Também não vislumbramos elementos para apontar que ele seria inimputável, como seu advogado está parecendo querer justificar”, explicou Chacon.
“Vamos defender junto ao juiz que o acusado é plenamente capaz e sabia tudo que estava fazendo, tanto é que fugiu e trocou de roupas para dificultar as buscas”, argumentou o promotor antes da audiência de custódia.
“O fato de Filipe Cristiano ter se negado a utilizar a máscara também demonstra como ele é um sujeito conectado a realidade social”, acrescentou.
Ainda de acordo com Thiago Chacon, para o Ministério Público, o homicídio praticado pelo acusado tem características de ter sido cometido com duas qualificadoras, no entanto, isso ainda será melhor avaliado pela promotoria do Tribunal do Júri, com o despacho da investigação policial: “A princípio, estão configurados o motivo fútil e o recurso que tornou difícil a defesa da vítima, que foi morta a facadas”, completou o promotor de Justiça.
A audiência de custódia foi realizada com o juízo da 12a Vara Criminal da capital.
Com MPE/AL