Hospital Metropolitano de Alagoas realiza ação preventiva contra o câncer de cabeça e pescoço e hepatites virais

Neide Brandão

O Ambulatório do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, promoveu, nesta terça-feira (30), uma ação voltada para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço e das hepatites virais. O evento, alusivo às Campanhas Julho Amarelo e Julho Verde, destacou a relevância da conscientização e do diagnóstico precoce das doenças.

O Julho Amarelo é dedicado à prevenção e ao tratamento das hepatites virais. Já o Julho Verde é focado na conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, que inclui tumores que afetam áreas como a boca, garganta, laringe e esôfago.

A ação no HMA é uma iniciativa do Serviço Social da unidade hospitalar e contou com a colaboração da equipe multiprofissional. Foram realizadas atividades educativas, visando informar pacientes e acompanhantes sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, além de palestras sobre os fatores de risco e sinais de alerta.

De acordo com a coordenadora do Serviço Social do HMA, Rosemar Alexandre, a equipe multiprofissional se empenha em temas de alerta à sociedade. “Já foram observadas várias situações onde uma orientação muda a situação não apenas de um usuário, mas de uma família inteira. E nós do Hospital Metropolitano de Alagoas estamos trabalhando para fazer valer o direito dos usuários do SUS”, explicou.

Os pacientes receberam orientações sobre a importância de exames regulares e hábitos saudáveis, segundo informou Mayra Paiva, coordenadora do Ambulatório do HMA. “A conscientização sobre doenças que podem ser prevenidas e tratadas com sucesso quando detectadas a tempo é algo que deve ser trabalhado constantemente em nossa sociedade", afirmou.

Palestras

Josina Mendes, assistente social no HMA, ressaltou a importância da detecção precoce e do tratamento imediato, que podem aumentar significativamente as chances de sucesso no tratamento e recuperação. “Entre os fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço estão o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pelo HPV”, esclareceu.

Já para as hepatites, Aryanne Kelly Mendonça, enfermeira da Epidemiologia do HMA, reforçou que o contato com sangue contaminado e práticas sexuais desprotegidas são os principais fatores de risco. “Ela pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções virais, consumo excessivo de álcool, medicamentos e doenças autoimunes”, enfatizou.

De acordo com a enfermeira, para todas as hepatites virais, o diagnóstico é baseado em testes laboratoriais que detectam anticorpos ou antígenos específicos no sangue, e a avaliação pode ser complementada por exames de imagem e biópsias hepáticas quando necessário.

“Na prevenção, a vacinação está disponível para hepatites A e B. A vacina contra a hepatite A é recomendada para pessoas em áreas de alto risco ou em viagens internacionais. As práticas adequadas de higiene e saneamento para prevenir a transmissão de hepatites A e E é fundamental e o uso de preservativos e práticas seguras com agulhas para prevenir hepatites B, C e D”, orientou a epidemiologista.

Beneficiado

O aposentado José Sabino dos Santos, de 77 anos, que passou por uma consulta médica, ressaltou a importância da ação promovida pelo HMA. “Ações como esta nos trazem a importância do cuidado contínuo”, salientou o paciente.

Os participantes também foram incentivados a adotar hábitos de vida saudáveis, como manter uma dieta balanceada, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. A ação visou a educação e a prevenção, com o objetivo de reduzir a incidência dessas doenças.